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Crescimento acelerado de data centers ameaça metas de sustentabilidade da Microsoft
Source: techcrunch.com

Crescimento acelerado de data centers ameaça metas de sustentabilidade da Microsoft

Sources: https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals, techcrunch.com

TL;DR

  • O relatório de sustentabilidade de 2025 da Microsoft mostra emissões de carbono em 23,4% acima de 2020, impulsionadas principalmente pela expansão acelerada de data centers para sustentar a nuvem e a IA. TechCrunch
  • O Escopo 3 representa cerca de 97% das emissões de 2024, com bens de capital e bens e serviços adquiridos como principais contribuidores. A construção de data centers é o principal motor dentro do Escopo 3. TechCrunch
  • Emissões estão incorporadas no aço, no concreto e nos próprios chips; a litografia usa hexafluoroetano, um gás de efeito estufa potente. Descarbonizar esses insumos levará anos. TechCrunch
  • Mesmo com eletricidade verde, é difícil encontrar fontes próximas de energia zero carbono, levando a compras de eletricidade de outras regiões. “O nosso consumo de eletricidade cresceu mais rápido do que as redes que descarbonizam.” TechCrunch
  • Em 2024, as emissões caíram levemente em relação a 2023, sinalizando melhorias no design de data centers com impactos climáticos menores, mas a meta de 2030 ainda exige reduções significativas e ampliação de remoção de carbono. TechCrunch
  • A Microsoft tem avançado em decarbonização com investimentos em energia solar, chegando a um portfólio de eletricidade sem carbono de 34 gigawatts, e firmou acordos para remover milhões de toneladas de carbono. Ainda assim, 2030 está próximo e o impulso em IA e nuvem torna o desafio ainda maior. TechCrunch

Contexto e antecedentes

O relatório mais recente de sustentabilidade da Microsoft, divulgado no fim de maio, mostra como um modelo de operação com alto carbono pode dificultar metas de operar com pegada mais leve. Desde 2020, as emissões totais subiram 23,4%, em grande parte devido à rápida expansão de data centers necessários para sustentar um crescente mix de nuvem e IA. Embora a busca por eletricidade limpa seja crucial, o maior obstáculo reside nos próprios equipamentos: materiais como aço, concreto e chips trazem carbono incorporado difícil de eliminar rapidamente. Um porta-voz da Microsoft ressaltou que os maiores desafios de emissões de Escopo 3 estão nos componentes mais “verdes” de concreto, aço, combustíveis e chips. TechCrunch As emissões do Escopo 3 — aquelas fora do controle direto da empresa, incluindo matérias-primas, transporte e bens e serviços adquiridos — representam pouco mais de 97% da pegada de carbono da Microsoft para o ano fiscal de 2024, conforme o relatório. Dentro do Escopo 3, os bens de capital e os bens e serviços adquiridos respondem por cerca de três quartos do total. A construção de data centers tem sido o principal impulsionador dentro do Escopo 3. O aço utilizado nas edificações vem de fornos de blast furnace alimentados por combustíveis fósseis, e o concreto das fundações resulta de reações químicas que liberam CO2. Embora existam startups buscando descarbonizar o aço e o cimento, os impactos significativos devem levar anos para aparecer. Além disso, as emissões também estão incorporadas nos chips dos data centers; a litografia de semicondutores depende de químicos com alto potencial de aquecimento global, como o hexafluoroetano, que, em uma tonelada, gera tanto calor quanto 9.200 toneladas de CO2. TechCrunch Mesmo com eletricidade verde, encontrar fontes próximas de energia zero carbono é desafiador, o que obriga a Microsoft a comprar energia sem carbono de outras regiões. “O nosso consumo de eletricidade cresceu mais rápido do que as redes que descarbonizam,” disse o porta-voz. TechCrunch

O que há de novo

Comparado com anos anteriores, as emissões de 2024 não apenas permaneceram estáveis, mas recuaram levemente em relação a 2023, o que sugere melhorias no design de data centers para reduzir impactos climáticos. Ainda assim, a trajetória de sustentabilidade permanece desafiadora para alcançar a meta de 2030 de remover mais carbono do que emite. A Microsoft relata ter avançado na descarbonização por meio de investimentos em energia solar, chegando a uma carteira de eletricidade sem carbono de 34 gigawatts, e firmou acordos significativos de remoção de carbono. Esses avanços demonstram progresso na descarbonização da eletricidade e na remoção de carbono, mas o desafio é contínuo, especialmente com o crescimento acelerado de IA e serviços em nuvem. TechCrunch

Por que isso importa (impacto para desenvolvedores/empresários)

Para desenvolvedores e empresas, o caso da Microsoft destaca uma verdade mais ampla: infraestrutura digital depende de uma cadeia de suprimentos pesada e de alto carbono. O crescimento de data centers para suportar IA e serviços em nuvem envolve setores com prazos longos de descarbonização, como a produção de aço, cimento e fabricação de chips. Como resultado, mesmo com compras estratégicas de eletricidade limpa, as emissões da cadeia de suprimentos podem dominar a pegada de carbono de uma organização e complicar a conformidade com relatórios de sustentabilidade e regulações. A proximidade entre data centers e fontes de energia zero carbono é um fator prático e econômico que impacta decisões de localização de tecnologia de ponta. A evolução depende de avanços na produção de aço e cimento de baixo carbono, bem como de uma aceleração na descarbonização das redes elétricas para acompanhar o ritmo da expansão de IA e nuvem. TechCrunch

Detalhes técnicos ou Implementação

Os principais emissores estão ligados à construção de data centers e aos materiais que os tornam possíveis. A produção de aço está associada a fornos de blast furnaces alimentados por combustíveis fósseis, e o cimento envolve reações químicas que liberam CO2. No lado dos chips, a litografia depende de químicos com alto potencial de aquecimento global, como o hexafluoroetano. Descarbonizar o conjunto de inputs exigirá não apenas eletricidade mais limpa, mas também a transição para materiais de baixo carbono e técnicas de fabricação mais eficientes, áreas em que startups e investidores, inclusive a Microsoft, atuam ativamente. TechCrunch A estratégia de descarbonização da Microsoft inclui ampliar seu portfólio de eletricidade sem carbono, que já alcança 34 gigawatts de capacidade, além de firmar acordos que visam a remoção de carbono em grande escala. Esses passos demonstram avanços mensuráveis, mas a meta de 2030 exige reduções contínuas de emissões e maior escala de remoção de carbono para acompanhar o crescimento da IA e dos serviços em nuvem. TechCrunch

Principais conclusões

  • O crescimento de data centers é o principal motor das emissões do Escopo 3, envolvendo aço, concreto e chips com carbono embutido. TechCrunch
  • O Escopo 3 responde por cerca de 97% da pegada de carbono da Microsoft em 2024. TechCrunch
  • Avanços tecnológicos em aço e cimento de baixo carbono, bem como redução do uso de químicos de alto GWP, são necessários, mas prazos ainda são longos. TechCrunch
  • Mesmo com eletricidade verde, a proximidade de fontes zero carbono importa; a decarbonização de redes ainda é desigual. TechCrunch
  • A Microsoft mostra progresso (34 GW de eletricidade sem carbono; acordos de remoção de carbono), mas o caminho para 2030 permanece desafiador face ao impulso de IA e nuvem. TechCrunch

FAQ

  • O que é Escopo 3 e por que ele é relevante para a Microsoft?

    O Escopo 3 abrange emissões fora do controle direto da empresa, incluindo matérias-primas, transporte e bens e serviços adquiridos; representa cerca de 97% da pegada de carbono da Microsoft em 2024. [TechCrunch](https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals)

  • O que impulsiona as emissões dos data centers da Microsoft?

    construção de data centers e o carbono incorporado no aço, concreto e chips, incluindo químicos de litografia com alto potencial de aquecimento global. [TechCrunch](https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals)

  • ue progresso foi feito na descarbonização?

    Emissões de 2024 caíram levemente em relação a 2023; a Microsoft tem 34 GW de eletricidade sem carbono e firmou acordos significativos para remoção de carbono, mas ainda não atinge a meta de 2030 de remover mais carbono do que gera. [TechCrunch](https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals)

  • Como a Microsoft pretende enfrentar o desafio do carbono incorporado?

    través da descarbonização de insumos (aço e cimento mais verdes), continuidade de investimentos em solar e eletricidade sem carbono, e ampliação dos esforços de remoção de carbono para complementar a descarbonização elétrica. [TechCrunch](https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals)

  • ual é o marco de 2030?

    Microsoft pretende remover mais carbono do que gera até 2030, o que exigirá reduzir as emissões pela metade ou mais e ampliar as atividades de remoção de carbono em meio ao rápido crescimento de IA e nuvem. [TechCrunch](https://techcrunch.com/2025/06/02/breakneck-data-center-growth-challenges-microsofts-sustainability-goals)

Referências

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