Data centers amam energia solar: guia abrangente para contratos acima de 100 MW

TL;DR

• Novos e expandidos centros de dados devem dobrar a demanda de energia do setor até 2029, segundo a JLL.
• Desde o início de 2025, empresas de tecnologia e operadoras de centros de dados apoiaram 12 negócios solares, cada um com mais de 100 megawatts de capacidade.
• A energia solar oferece implantação rápida, é uma das fontes de nova geração de menor custo e pode ser implementada em fases.
• Contratos importantes incluem Meta com Engie (200 MW), Meta com Zelestra (595 MW), Microsoft com EDP Renewables North America (389 MW) e 212 MW de solar em parte do projeto da Amazon no Iberismo.
• A tendência é global, com activity nos EUA, Índia, Itália e América do Sul, à medida que companhias de tecnologia competem para ampliar capacidade renovável para o crescimento de IA. TechCrunch.

Contexto e antecedentes

A corrida para capitalizar a onda de IA levou a uma expansão rápida da infraestrutura de centros de dados. A demanda por energia do setor deve crescer significativamente, com previsão de dobrar até 2029, apontando um apetite robusto por capacidade de geração, incluindo opções renováveis. A energia solar emergiu como destaque de curto prazo, apresentando uma tecnologia comprovada, tempo de implantação mais rápido e custo competitivo frente a novas usinas nucleares ou a gás natural. A intermittência é reconhecida, mas projetos de PPAs solares de grande escala e arranjos com armazenamento estão em foco. A instalação típica de uma usina solar pode ser concluída em cerca de 18 meses, com a possibilidade de implantação em fases para atender ao ritmo de expansão dos centros de dados. O cenário solar apresenta boa relação custo-benefício e pode ser contratado sem depender de subsídios privados, além de oferecer agilidade na implementação, permitindo que operadores comecem a consumir energia conforme o projeto avança.

O que há de novo

Desde o início de 2025, já foram anunciados ou fechados doze contratos solares acima de 100 MW. Destaques:

• Meta: contrato de 200 MW com Engie próximo a um site de data center no Texas.
• Meta: contrato de 595 MW com Zelestra (desenvolvedor de energia renovável espanhol).
• Meta: contrato de 505 MW com Cypress Creek Renewables em Coleman County, Texas.
• Microsoft: 389 MW de solar em três usinas nos estados de Illinois e Texas, com EDP Renewables North America.
• Amazon: projeto híbrido no Iberismo que soma 476 MW, dos quais 212 MW são solares.
• Além dos EUA, CtrlS construiu uma instalação de 125 MW na Índia, concluída em duas fases (junho de 2024 e fevereiro de 2025).
• Data4, na Itália, assinou um contrato de 148 MW com Edison Energia.
• Cisco fechou 100 MW com X-Elio, em dois projetos no Texas.
• Microsoft adicionou outras três usinas solares em março, totalizando 475 MW, em parceria com AES, nos estados de Illinois, Michigan e Missouri.
• Em março, Meta ampliou com um novo contrato de 200 MW com a RWE na região de Austin.
• Em relação a projetos globais, a Stargate AI (OpenAI, Oracle, SoftBank) foi reportada como parcialmente alimentada por solar, segundo a Bloomberg.
• A cada mês, novos acordos reforçam a presença da solar na matriz energética de centros de dados, incluindo ações na Índia e na Itália. O artigo ressalta que a solar, pela sua velocidade de implantação, posição de custo e possibilidade de implantação em fases, tem ganhado vantagem próxima para atender às demandas de IA.

Por que isso importa (impacto para desenvolvedores/empresas)

Para desenvolvedores e usuários corporativos, a adoção de solar se alinha a uma estratégia maior de descarbonização aliada a uma oferta de energia confiável para cargas de IA. A capacidade de implantar energia em etapas permite que os centros de dados cresçam sem depender de prazos longos de construção de usinas tradicionais. Além disso, PPAs com energia renovável costumam vir acompanhados de soluções de armazenamento, aumentando a confiabilidade. A tendência mostra um alcance geográfico amplo: EUA, Índia, Europa (incluindo Itália) e América do Sul indicam uma adoção global de energia solar para centros de dados, reforçando o papel da solar na estratégia de fornecimento de energia e de redução de emissões para grandes operações de IA.

Detalhes técnicos ou Implementação

• Velocidade de implantação: uma usina solar pode ficar pronta em cerca de 18 meses, com possibilidades de energizar partes do projeto antes da conclusão total.
• Posição econômica: a solar em larga escala é descrita como uma das fontes de nova geração de menor custo, mesmo sem subsídios.
• Intermitência: é reconhecida como um desafio, mas PPAs e projetos com armazenamento ajudam a mitigar esse aspecto.
• Escala de portfólio: grandes players continuam a combinar renováveis com portfólios existentes para alcançar metas de zero carbono.
• Exemplos regionais: contratos nos EUA (Texas, Illinois, Michigan, Missouri), Europa (Iberia), Índia (CtrlS) e Itália (Data4).

Pontos-chave

• O crescimento de centros de dados ligado à IA impulsiona aquisição de energia renovável em escala megawatt, com a solar em destaque no curto prazo.
• Do início de 2025 até hoje, doze contratos solares acima de 100 MW comprovam a demanda por energia limpa em larga escala.
• Solar oferece custo competitivo, implantação rápida e opção modular para acompanhar a expansão dos centros de dados.
• Atividade global sinaliza papel central da solar em estratégias de energia para grandes operações de IA.
• Projetos com armazenamento e PPAs transfronteiriços ampliam o valor da solar para confiabilidade e redução de carbono.

Referências

• TechCrunch