Meta volta a apostar em solar no boom de data centers

TL;DR

• Meta assinou acordo de 595 megawatts de solar com a desenvolvedora espanhola Zelestra para fornecer energia no Texas, expandindo seu portfólio renovável.
• Isso ocorre pouco tempo depois de outro acordo de solar com a Engie, aumentando para além dos 12+ gigawatts de capacidade renovável sob contrato.
• A empresa planeja gastar cerca de US$ 60 bilhões neste ano em investimentos de capital, com a maior parte direcionada a infraestrutura de data centers.
• A estratégia de IA da Meta, incluindo o modelo de código aberto Llama 4, continua impulsionando uma grande expansão de compute e de data centers.
• Instalações solares podem ser implementadas mais rapidamente que nucleares, com usinas solares começando a fornecer energia em poucos meses e, de forma modular, mesmo antes de todo o projeto ficar pronto.

Contexto e antecedentes

Gigantes de tecnologia vêm buscando fontes de energia para sustentar grandes frotas de computação, e o debate frequentemente envolve opções nucleares versus renováveis. Embora muitas empresas expressem interesse em nuclear avançada, as renováveis — especialmente a solar — continuam ganhando espaço com velocidade. Os últimos movimentos da Meta refletem uma tendência mais ampla da indústria: implantação rápida de solar e outras fontes renováveis para sustentar o crescimento de workloads de IA. As metas estratégicas da Meta passam pelo aumento da capacidade de compute para seu roteiro de IA. O CEO Mark Zuckerberg mantém o foco na estratégia de IA da empresa, que exige volumes significativos de capital para infraestrutura de data centers a fim de suportar modelos como o Llama 4, visando competir com ofertas fechadas de OpenAI e Anthropic. Paralelamente, a Meta busca diversificar a matriz energética conforme constrói sua base de data centers. Além da Meta, outras grandes empresas de tecnologia também investem em renováveis. A Microsoft está ajudando a implantar cerca de US$ 9 bilhões em renováveis via Acadia Infrastructure Capital, e o Google está ancorando um fundo de US$ 20 bilhões com a Intersect Power e a TPG Rise. Esses movimentos sinalizam um esforço setorial para ampliar a adoção de energia limpa com o objetivo de sustentar o crescimento do compute. TechCrunch. A Meta já tem mais de 12 gigawatts de capacidade renovável contratada. A estratégia de energia da empresa envolve não apenas solar, mas também a busca por fontes estáveis para suportar o crescimento dos data centers. A realidade de energia para centros de dados cada vez maiores pressiona as companhias a planejar com cuidado a mistura de geração de energia e a disponibilidade de megawatts para operações contínuas. Como ocorre em vários setores, a comparação entre solar e nuclear envolve trade-offs de tempo e escalabilidade. Nuclear requer ciclos de construção mais longos e pode oferecer potência estável, mas o tempo de implantação é geralmente maior. Em contraste, a solar pode ser implantada de forma modular e acelerada, com entregas incrementais de energia conforme os painéis entram online. Essa vantagem de velocidade é particularmente relevante para empresas que precisam escalar rapidamente seu poder computacional. TechCrunch. Além do acordo com a Zelestra, a Meta anunciou no início deste mês a compra de 200 MW de solar da Engie, com a geração prevista para entrar em operação ainda neste ano. Esses movimentos reforçam o compromisso da empresa com a expansão de renováveis em paralelo ao crescimento de seus data centers. No ecossistema, outros gigantes, como Microsoft e Google, seguem investindo pesadamente em energia limpa para sustentar o crescimento de suas infraestruturas de IA. TechCrunch.

O que é novo

O foco recente em renováveis para a Meta ocorre em um momento de forte alocação de capital para dados e IA. O acordo de 595 MW com a Zelestra para fornecimento no Texas amplia o portfólio solar sob contrato da empresa e se soma ao contrato anterior com a Engie. Juntas as negociações representam um impulso de quase 5% na capacidade renovável já contratada pela Meta, que hoje excede 12 GW. A empresa também reiterou um plano de gastar cerca de US$ 60 bilhões neste ano, com a maior parcela destinada à infraestrutura de data centers. Além disso, Meta está buscando propostas para 1–4 GW de capacidade a entrar online no início dos anos 2030, mirando cumprir as demandas de compute em larga escala. A velocidade de implantação de renováveis como solar é destacada frente à nuclear, que costuma demandar prazos mais longos de construção. A energia solar, por ser modular, pode liberar parte da capacidade antes mesmo do término da instalação completa, o que facilita o planejamento de expansão de center de dados. Essa abordagem de implantação rápida, associada a storage de grade – quando aplicável –, ajuda empresas a manterem a confiabilidade energética necessária para operações contínuas. TechCrunch.

Por que isso importa (impacto para desenvolvedores/empresas)

Para desenvolvedores e operadores de data centers, a tendência de renováveis da Meta sugere que o abastecimento com energia limpa será peça-chave da estratégia de capacity planning e de metas de ESG. O fato de Meta ter mais de 12 GW de capacidade renovável contratada demonstra um alinhamento entre crescimento de compute e energia sustentável, com impactos diretos nos custos operacionais e na previsibilidade de consumo de energia ao longo da vida útil dos ativos. A velocidade de implantação da solar, junto com a disponibilidade de storage, pode reduzir riscos de interrupções de energia e tornar o planejamento de energia mais previsível para novos projetos. Além disso, a iniciativa de contratar grandes blocos de capacidade renovável fortalece a visibilidade de contratos com provedores de energia e pode influenciar estratégias de aquisição de energia para outras operações de grande escala. Os movimentos de Meta, Microsoft e Google indicam que a indústria está cada vez mais alinhada em torno de renováveis para sustentar o crescimento de compute. TechCrunch.

Detalhes técnicos ou Implementação

O destaque técnico é a velocidade e a escala de implantação de solar em um contexto corporativo de data centers. Usinas solares podem ficar operacionais em cerca de 18 meses, e por serem modulares, partes do projeto podem começar a entregar energia antes que o conjunto completo esteja concluído. Essa característica é crucial para que grandes infraestruturas de compute possam se desenvolver sem atrasos prolongados na disponibilidade de energia. O papel da storage em grade é frequentemente mencionado como complemento, ajudando a suavizar a entrega de energia e a manter a estabilidade durante picos de demanda. Embora o texto não detalhe contratos de armazenamento da Meta, a tendência de combinar solar com storage é parte do ecossistema de energia renovável para data centers de grande escala. Além disso, a Meta está buscando propostas de 1–4 GW de capacidade para entrar online no início dos anos 2030, o que demonstra uma visão de longo prazo para igualar crescimento de compute com expansão de geração.

Principais aprendizados

• A Meta ampliou seu portfólio de solar com acordo de 595 MW no Texas com a Zelestra, seguindo outro contrato com a Engie.
• Hoje, Meta tem mais de 12 GW de capacidade renovável contratada, sinalizando compromisso robusto com energia limpa para suporte ao data-center growth.
• A empresa planeja gastar cerca de US$ 60 bilhões neste ano em investimentos de capital, com grande parte indo para infraestrutura de data centers.
• A implantação de solar é acelerada quando comparada à nuclear, devido à modularidade e à redução de prazos de entrega.
• Microsoft, Google e outros players also reforçam o investimento em renováveis para sustentar o crescimento de IA e compute.

Referências

• TechCrunch